sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Hoje quero falar e, desta forma, agradecer à pessoa q esteve ao meu lado a cada minuto desta luta.




MINHA MÃE


Engraçado q a gente vive repetindo aquela famosa frase “mãe é mãe”, mas pouco nos damos conta do quanto ela é verídica.
Minha mãe sofreu os horrores desta doença antes msm de mim, pois qdo comecei a sentir os sintomas, sem ao menos suspeitar da gravidade ela já chorava.
Acompanhou-me nas primeiras consultas e na noite em q não dormi por falta de ar, antes msm de suspeitarmos o diagnóstico. Aliás, qndo suspeitamos de Câncer, não me abalei tanto, talvez pq nessas situações a ficha demore um pouco p/ cair, mas minha mãe não dormiu a noite e ligou p/ todos os amigos q pode pedindo p/ orarem pela filha dela.
Afastou-se de seu emprego, de sua pós-graduação, de sua casa e de seu outro filho para dedicar-se total e incondicionalmente à mim.
Quão duras não foram aquelas 5 horas de cirurgia p/ ela, sabendo q algo poderia dar errado e eu ñ sobreviver. Mas, como ela msm fala, o mais difícil foi me ver dentro de uma UTI, única jovem entre tantos idosos, no oxigênio e toda cheia de aparelhos sendo que poucos dias antes me via chegando da faculdade cheia de livros na mão, cheia de vida.
Dormiu em um sofazinho durante as 9 noites de minha internação. Adquiriu até uma certa fobia de enfermeiras e hospitais, agora qdo os vê, sente dores inexplicáveis no corpo tadinha.
Depois q saí do hospital me tornei ainda mais dependente dela e ela, sem nunca reclamar, supria todas as minhas necessidades. Saía no frio p/ comprar frutas, tentava de todas as formas fazr c/ q eu comesse (fato q se tornou mt difícil durante as quimios), me dava banho, escolhia e vestia roupas em mim, cuidava de meu cabelo, fazia massagens em meus pés para me acalmar qdo não conseguia dormir, ficava do meu lado qdo vomitava, fazia um ninhozinho p/ eu dormir (como ñ conseguia deitar, dormia sentada) todas as noites, encorajou-me qdo perdi meus cabelos e fazia a maior festa p/ escolher um lenço p/ eu usar.
Esteve ao meu lado em todas as consultas, em todos os exames, em todas as quimios e em todas as radio.
Mas se tem uma coisa q sempre vou lembrar é dela falando: Vamos ser fortinhas?!!! Dizia isso todas as vezes q me via sentindo dores ou chorando, situação q, ao contrário do q mts pensam, aconteceu mts vezs. Vamos ser fortinhas... “vamos” pq ñ era só eu q precisava ser forte, ela Tb.
Minha mãe fez tudo isso, mas se tem uma coisa q ela fez muito mais foi orar por mim. Organizou, à distância, jejuns e grupos de oração, mobilizou uma verdadeira legião de pessoas p/ orarem por mim, isso sem contar as noites q ela passou ajoelhada orando ao lado da cama em q eu dormia. E aí se cumpriu aquele versículo bíblico q diz q Deus ouve a súplica de uma mãe.
Agora me diz como posso agradecer e recompensar alguém q fez TUDO isso por mim? Nem toda riqueza do mundo bastaria p/ compensar tanto sofrimento, tanto amor e tanta dedicação. Agora, mas do q nunca, quero ser seu motivo de orgulho, de alegrias, seu braço direito, sua mão amiga, sua palhacinha, pois qdo precisei de carinho foi mãe, foi enfermeira qdo precisei de cuidados, foi amiga qdo precisei conversar coisas fúteis, foi animada qdo eu precisava rir, foi chorona comigo, foi paciente com minhas inquietações, foi opinante qdo precisava escolher um lenço, foi guerreira qdo me via passar mal, foi criativa qdo queria me fazer comer, foi forte qdo eu enfraquecia e foi sábia em me colocar nas mãos de Deus. Enfim, foi minha mãe!
Obrigada eternamente.
Te amo.

Ps. Não chora, vamos ser fortinhas!!!

domingo, 28 de novembro de 2010

Isto É

Quando passamos por uma experiência como essa que estou passando é comum corremos p/ o Dr Internet, coisa q não é muito aconselhada devido às inúmeras informações incorretas existentes lá. Mas, de tudo, ainda se acha coisas boas como o blog q encontrei qdo estava ainda na fase de descoberta da minha doença. O lia todos os dias, pois a autora Tb tinha CA, mas tratava do assunto de uma forma bem humorada, mas consciente. Tempos depois foi q me dei conta q eu “conhecia” a Blogueira, é a atriz Márcia Cabrita q está vencendo um CA de ovário.
Recentemente ela concedeu uma entrevista à Revista Isto É, a qual eu posto aqui, pois achei de MT bom gosto, esclarecedora e crítica de certa forma.


A atriz e comediante Márcia Cabrita, 47 anos, recebeu o diagnóstico de tumor de ovário em março. Retirou os ovários e o útero, a quimioterapia está dando certo e seu prognóstico é de cura.Agora, ela acredita ter aprendido muita coisa nestes últimos sete meses a respeito de como se sente, de verdade, um paciente com câncer.

Istoé - O que você sentiu quando soube que estava com câncer?
MÁRCIA CABRITA - Quando eu acordei da cirurgia em que retiraram o útero e o ovário, nem sei o que senti. O médico me disse que tinha encontrado uma coisa que não esperava. Eu perguntei: “É câncer?” Ele respondeu que tínhamos de aguardar o resultado da biópsia. Depois, tive medo de morrer. Muito. Só pensava em minha filha. Em deixar órfã a pessoa que mais amo.

Istoé - Conseguiu manter a calma?
MÁRCIA CABRITA - Não, e penso que ninguém precisa manter a calma numa hora dessas. Mas fiz tudo o que tinha de fazer, tomei todas as providências: exames, consultas, cirurgias.

Istoé - No seu blog, você fala da cobrança que sentiu das pessoas a sua volta. Que tipo de cobrança foi essa?
MÁRCIA CABRITA - Todos os amigos e familiares acabam cobrando muito: que você tenha pensamento positivo, seja otimista e forte. Mas, naquele momento, eu não conseguia isso. Eu só tinha pensamento negativo, era o inverso. Comecei a achar que não poderia ficar boa porque não era capaz de ter pensamentos bons. Só os otimistas conseguiriam e eu, então, estava fora dessa possibilidade.

Istoé - O que mais a aborrecia?
MÁRCIA CABRITA - Uma crueldade é a busca de todos por um culpado para o fato de o câncer ter aparecido. No caso, era eu. É muito cruel insinuar que a pessoa é que “faz” o câncer porque ela era triste, porque se divorciou, porque comeu agrotóxico. Ninguém “faz” um câncer. Eu não tinha feito aquilo em mim, como poderiam me culpar?

Istoé - Você deve ter ouvido também que o doente é responsável por sua cura.
MÁRCIA CABRITA - Isso. E esta é a segunda parte da crueldade. Você seria totalmente responsável pela sua recuperação. Se tiver uma cabeça boa, fica curada. Se não, não. Isso equivale a colocar a responsabilidade da doença em quem está doente. Discordo. Não tenho responsabilidade nenhuma. O que aconteceu comigo pode acontecer com qualquer pessoa. Seja ela feliz, triste, criança, velha, ator, otimista ou não.

Istoé - Antes de ficar doente, você já tinha falado essas mesmas coisas para outras pessoas?
MÁRCIA CABRITA - Sim. Quando passei para “o outro lado”, vi pessoas fazendo coisas comigo que eu já fiz. Por isso, não duvido das boas intenções. É que ninguém sabe bem como lidar com a situação. Então, mesmo que eu fique magoada, eu compreendo.

Istoé - Que conselhos daria a quem está em tratamento contra o câncer?
MÁRCIA CABRITA - Um conselho que posso dar é: não “consulte” a internet. Não há nada pior para um leigo. Informe-se sempre com os médicos. Segundo: um dia de cada vez, faça o que precisa ser feito agora. Terceiro: dê a si espaço para desabafar o que está sentindo – chorar, chutar, quebrar. Por fim, tente ignorar os “olhares pé na cova”.

Istoé - Como é esse olhar?
MÁRCIA CABRITA - É terrível. Tem gente que fala: “Que bom que estou te vendo!” Mas, pelo tal olhar, eu ouço: “Nossa, você não morreu!” Há outros que te olham com cara de surpresa mesmo, como se olha para alguém indiscutivelmente com o pé na cova. A expressão diz: “Você está viva?!” E tem uma irônica parte boa do câncer: todo mundo passa a te amar, a gostar de você.

Istoé - Você consegue fazer humor com o assunto, não é?
MÁRCIA CABRITA - É da minha personalidade. Mas não estou subvalorizando a doença. Porque o inverso do “olhar pé na cova” é a pessoa que tenta passar que não acha nada demais ter câncer. Não é legal. Você está se sentindo podre e a pessoa acha que ajuda dizendo que você está maravilhosa.

Istoé - Como você contou para a sua filha que estava doente?
MÁRCIA CABRITA - Achei que devia explicar por que eu ia ficar careca. Não falei que era câncer, falei só que estava doente. Mas, depois, passei a noite pensando por que não tinha falado a palavra. Vi que estava estigmatizando. No dia seguinte, disse toda a verdade. Mas suavizei: “Câncer, igual ao signo de seu pai.” Ela respondeu: “Então, tá.”

Istoé - E como ela lida com isso?
MÁRCIA CABRITA - Ela não fala muito. Mas encontrou uma maneira de me dar força que me emocionou demais. Depois que raspei a cabeça, comecei a usar lenços. Um dia ela disse: “Mamãe, eu queria usar um lenço igual ao seu.” Perguntei por quê. Ela disse: “Porque é muito legal.” E, nesse dia, foi de lenço para a escola. Chorei muito.

Istoé - Em que fase do tratamento você está?
MÁRCIA CABRITA - Faço dois tipos de quimioterapia. Uma, toda semana, não provoca reações, me sinto bem. A outra me deixa péssima, faço de 21 em 21 dias. Essa me leva a nocaute. Fico quase uma semana de cama. O câncer traz sofrimento. Emocional e físico por causa da químio. Tenho dois cateteres (colocados sob a pele para injetar os medicamentos quimioterápicos). Farei mais dois meses de tratamento. Mas estou em remissão. Para quem não sabe, é quando você não tem mais o câncer, mas não pode, ainda, sair correndo e dizer que está curada.

Istoé - Está mais tranquila, então?
MÁRCIA CABRITA - Desde que a quimioterapia começou a dar certo, o pessimismo passou. Os médicos são muito importantes nesse momento. Tanto o cirurgião, Celso Portella, quanto o oncologista, Eduardo Bandeira de Melo, me ajudaram a acreditar na cura. Hoje me sinto bem mais fortalecida, apesar de passar muito mal na quimioterapia. Somente agora sou capaz de sentir o que me cobraram no início.

Istoé - Por que quis fazer o blog?
MÁRCIA CABRITA - No começo, para colocar para fora o que eu estava sentindo. E isso me fez um bem enorme. Depois, percebi que estava também ajudando os outros. Escrevem para mim pessoas doentes e as que não têm câncer. São pessoas que, como eu, não gostam, por exemplo, de ler que “fulano perdeu a batalha contra o câncer”.

Istoé - O que a incomoda nessa frase?
MÁRCIA CABRITA - Isso dá a entender que a pessoa não lutou o suficiente. E não acredito que quem sobrevive é especial, que a pessoa “venceu” porque tinha alegria de viver, tinha amor pelos filhos. Quem morreu não tinha isso? Me incomoda demais responsabilizar o doente desse jeito.

Istoé - Você assumiu a doença desde o início?
MÁRCIA CABRITA - Pensei em esconder, não tornar público para me proteger. É um momento muito sofrido e particular. Muita gente opta por não contar, e eu entendo. Mas eu estava para estrear a peça “Tango, Bolero e Cha Cha Cha”. A princípio, combinamos não dizer o verdadeiro motivo pelo qual eu não estaria na estreia. Mas aquilo me fez muito mal: além de tudo, ainda tinha que me esconder como se tivesse feito alguma coisa errada? Não menti, mas não dei nenhuma entrevista sobre isso. Pensei muito antes de marcar essa entrevista que estou dando agora porque, para virar uma coitadinha, não custa nada. E não quero este papel. Gostaria de continuar sendo o que eu sou. Não a atriz que teve câncer.

Istoé - E como está trabalhando?
MÁRCIA CABRITA - Faço o espetáculo quando estou me sentindo bem. Quando me sinto mal, há uma atriz (Carolina Loback) que me substitui. É curioso estar no palco fazendo uma comédia. Eu penso comigo mesma: não acredito que estou com câncer e fazendo essa macacada toda no palco.

Istoé - O fato de ter tido câncer num órgão feminino afetou você de alguma maneira?
MÁRCIA CABRITA - Achei que não ter mais ovário e útero poderia mexer comigo mas, sinceramente, me sinto igual a antes. Não tinha mais projeto de ter filho, então, não afetou.

Istoé - E perder os cabelos? Isso mexeu com você?
MÁRCIA CABRITA - Não foi nada fácil. E nesta questão há outra cobrança cruel: todos ficam falando que o importante é viver, que o cabelo é o de menos. Não é bem assim. Claro que, ao se descobrir com câncer, o que importa é viver. Mas a gente sofre sim por perder os cabelos. Não é legal ficar careca, caramba. Depois, você se acostuma, supera mesmo. Eu superei isso. Mas na hora é difícil. Ver aquele cabeção careca é horrível. E ainda tinha isso: sentir culpa porque estava sofrendo por uma coisa que não tinha valor, já que o que importa é a vida.

Istoé - Agora você cuida da aparência sem culpas?
MÁRCIA CABRITA - Eu tenho câncer, mas continuo sendo eu. Não quero sair na rua com cara de bruxa. Meus cílios caíram e a sobrancelha também caiu um pouco. Eu pinto, completo com lápis marrom. Atualmente, uso uma prótese de cabelo, parece peruca. Uma noite, no teatro, aconteceu uma coisa incrível. O cabeleireiro do teatro a alisou e, quando olhei no espelho, voltei a me ver, entende? A cura se materializou, eu fiquei igual a mim, como eu era. Recuperei minha imagem. Como fiquei feliz!

Istoé - Após o tratamento, acha que dará mais valor às coisas simples, será mais generosa, vai mudar?
MÁRCIA CABRITA - Acho que não. A única coisa que vai mudar é que lidarei melhor com isso se alguém, um dia, precisar de mim. Mas não serei diferente. Pretendo voltar a ficar chateada com meu cabelo se ele não estiver legal, com a unha quebrada, com a calça apertada. Quero que os motivos fúteis voltem. Quero ter, de novo, o direito de me irritar por futilidade.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010


Olá remanescentes leitores deste blog às teias.

Desculpem-me pela demora em atualizar o blog. Até o presidente da república mudou e eu nada fiz por aqui. Mas, superando toda essa irresponsabilidade, aqui está.

Estou em Curitiba novamente desde o dia 12/10, retornei p/ realizar a parte final de meu tratamento, as radioterapias.
Já no dia 14 revi meu oncologista q fez suas recomendações de retorno a cada 3 meses no primeiro ano após a doença e me encaminhou p/ o radioterapeuta que prescreveria minha radioterapia.
No mesmo dia passei pelo radioterapeuta no Hospital Angelina Carón q fica em Campina Grande do Sul, cidade metropolitana de Curitiba. O radioterapeuta me explicou os procedimentos, pediu uma tomografia de pescoço e tórax e solicitamos a liberação do meu plano de saúde p/ meu tratamento.
E esperamos...
Esperamos...
Esperamos...
Até q liberaram, porém não completamente, então tive q arcar c/ uma parte das despesas. Mas o importante era iniciar logo e me ver livre disso tudo o quanto antes.
Antes de iniciar as seções, precisei fazer uma simulação onde foi feita uma máscara sob medida p/ mim (máscara ilustrada na foto acima), q serve p/ minha imobilização durante a seção e marcação da área a ser irradiada. Também foram feitas algumas marquinhas c/ tinta em meu tórax p/ q ao colocar a máscara eu fique exatamente na msm posição em todas as seções.
Iniciei, finalmente, as seções (serão 17 ao todo) q serão diárias (exceto sábados e domingos). Durante as seções ñ sinto absolutamente nd, tb nem daria tempo, já q a seção dura, em média, cerca de 6 a 7 minutinhos. A demora é o meu deslocamento de onde estou até o hospital q leva cerca de uma hora e meia.
A radiação emitida ñ atinge somente a área do tumor, pega também estruturas adjacentes como Pulmões, Coração, Esôfago, Medula espinal e Mamas. O radioterapeuta me explicou os riscos, dos quais o maior é o desenvolvimento de Câncer de Mama futuramente e q, por isso, preciso fazer mamografias mais frequentemente. Tb disse q sentiria dor à deglutição, pois entre todos os órgãos q sofreriam coma radiação, o esôfago é o mais sensível e de fato isso tem ocorrido. Sinto bastante dor, até msm ao engolir saliva, mas já estou tomando antiinflamatório e anti-ácido p/ amenizar (pq a dor ñ passará até q termine o tratamento). E caso a “coisa” ñ melhore precisarei tomar corticóides.
Corticóides NÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Estar aqui novamente, apesar de ainda ser à tratamento, tem um gostinho diferente. Desta vez me sinto muito bem, aliás, é como se nunca tive nd. Consigo andar sem me cansar o q me possibilitar aproveitar um pouco mais a cidade. O clima está mais agradável o q possibilita a usar roupas mais leves. Não preciso mais ter a aquela “paranóia” por limpeza nem aquele medo de chegar perto das pessoas, pois a minha imunidade está ótima. Enfim posso desfrutar melhor dos prazeres da vida, pois agora NÃO VIVO MAIS À SOMBRA DE UM CÂNCER!!!
Obrigada meu Deus!!!!




Happy with you!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Última Quimio!!! uhuuu


Como havia comentado em meu último post, sexta-feira passada tomaria a poderosa e, desta vez, ela me judiou bastante. Iniciei a aplicação às 8:30 hs da manhã e só consegui terminar às 19 hs. A demora foi devido a dor q a medicação causa nos vasos, sendo necessário sua aplicação com um soro e bem devagar. Passei o dia todo sem comer, pois fico mt enjoada e nenhuma comida é bem vinda, vomitei durante toda aplicação. Voltei p/ casa parecendo um zumbi, mas mt mt feliz pq essa foi minha ÚLTIMA SEÇÃO DE QUIMIOTERAPIA!!! Deus seja louvado. ”Coisa alguma tende mais a promover a saúde do corpo e da alma do que um espírito de gratidão e louvor.”
Lembro-me bem da minha primeira aplicação, quando eu ñ sabia o q sentiria, qnto tempo duraria, se surtiria efeito e ñ sabia nem se conseguiria chegar ao fim das aplicações. No livro de Jeremias cap. 32:17 tem um texto que diz: “Ah, Soberano Senhor; tu fizestes os céus e a terra pelo teu grande Poder e por Teu braço estendido. Nada é difícil demais para Ti”. Hoje posso dizer q esse período ñ foi fácil, mas senti a presença de Deus cada dia, em cada aplicação, me dando forças p/ suportar cada efeito colateral e, principalmente, fazendo com q, essa parte do tratamento, fosse bem sucedida. Foi difícil, foi dolorido, foi sofrido, mas foi o meio q Deus usou p/ me curar e eu sou eternamente grata por isso. Fé, paciência, longanimidade e confiança no Pai celestial são os perfeitos botões de flores que se desenvolvem em meio às dificuldades, desapontamentos e aflições.
Na próxima semana retornarei à Curitiba para as consultas, já agendadas para dia 14/10, com meu Oncologista e um Radioterapeuta e iniciarei então as seções de radioterapia. Essa fase ruim já está quase acabando e eu já estou começando a erguer o troféu da vitória, louvado seja Deus por isso Tb.
Eu e minha família temos orado por uma moça q está passando por um problema semelhante ao meu, ela tem Linfoma Não-Hodgkin, tb é acadêmica de medicina, porém já está na residência e está em tratamento em São Paulo. Tive o prazer de conhecer sua irmã na igreja. Querida, não sei se vc acompanha este blog, mas queria dizer a vc q sei o q vc esta passando e q realmente ñ é fácil, mas tenha certeza de q Deus está ao seu lado envolvendo-a com seus poderosos braços de amor. Sei q nesse momento até o relacionamento com Deus se torna um pouco difícil e q algumas vezes o único sentimento q temos é o de revolta por ñ entender o motivo de passarmos por uma provação como essa, mas pense q entre tantas pessoas, vc foi a escolhida para ser a prova do grande poder de cura do nosso Deus e q, através da sua provação, muitas pessoas vão ver o amor e a misericórdia Dele para com seus filhos. Tb quero q saiba q ter câncer ñ é uma sentença de morte, tão pouco é o fim do caminho, pelo contrário, é o inicio de uma nova vida, uma vida onde o céu é mais azul, onde estar com a família é mais gostoso, onde seus filhos serão mais especiais e, no seu caso, onde salvar cada paciente será mais honroso e gratificante. Ah.. e vc vai se surpreender com a força q vc tem.
Para as pessoas que estão passando pelo sofrimento de um câncer ou que talvez venha passar lembre-se:
- O câncer não pode mudar quem vc é;
- O câncer pode impedir seu espírito de dançar, mas não pode impedir seu coração de sorrir;
- Pode te separar por um momento da sua família, mas não pode apagar a doces lembranças que passaram juntos;
- O câncer pode te deixar fraco e abatido, mas não poderá te impedir de levantar e dar saltos de alegria;
- O câncer pode te levar ao fundo do poço emocional, mas não pode te tirar seis elementos essenciais dados por Deus:
• Esperança – olhar sempre pra frente;
• Alegria - dar boas gargalhadas para o bem da nossa saúde ( salmo 21:6)
• Coragem – “Sem coragem não podemos praticar nenhuma outra virtude com firmeza. Não podemos ser bons, verdadeiros, generosos ou honestos.
• Propósito – Depois deste câncer quero fazer a vontade de Deus para minha vida e fazer o trabalho dele aqui na terra.
• Ser grata a Deus pelas pessoas queridas – Agradeça a Deus pela família e amigos que estiveram junto com vc durante os momentos difíceis;
• Amor – O maior motivo por Deus ter nos poupado a vida é seu grande AMOR por nós.



Bjus a todos e uma ótima semana.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Olá galera










Minha amiga MAYRA - Manaus/AM













Preciso iniciar esse post me desculpando pela demora em atualizar o blog, pisei feio na bola dessa vez. Nesse tempo aconteceram muitíssimas coisas q tentarei contar aqui de forma bem resumida p/ ñ deixar esse post tão longo.
Bom, retornei a faculdade uma semana depois de chegar a PVH, pegando um pouco mais leve, é claro. Não faço todas as matérias, somente 5 das 7 matérias da grade curricular do 5º período e 3 matérias do 4º período q ficaram abertas devido ao meu tratamento fora. Então tá bem ligt, passo a maior parte do tempo em casa. Por incrível q pareça, estava com saudade da correria q é a vida acadêmica e mais saudade ainda dos meus amigos de curso.
Dia 03/09 recebi uma grande surpresa, minha amiga Mayra de Manaus chegou para me visitar e passar uns dias comigo. Essa é uma grande amiga, nos conhecemos desde q éramos bebês e nunca perdemos contato apesar de morarmos em cidades diferentes. Ñ preciso nem falar q papeamos bastante né..afinal são 5 anos de conversa p/ por em dia. Amiga, obrigada pela consideração de vir de tão longe me visitar e por tornar meus dias mais alegres enquanto esteve aqui.
Dia 08/09 fiz minha primeira quimio aqui em PVH, confesso q estava com um pouco de medo. Ñ é preconceito, mas depois de ver toda estrutura q o Paraná tem p/ tratar esse tipo de doença, fiquei meio receosa com o tratamento daqui, afinal de contas é a minha vida q tá em pauta. Mas fui surpreendida, as instalações da clinica são ótimas e a enfermeira q faz as aplicações é mt simpática, porém a PODEROSA continua a mesma e me derrubou ali msm, durante a aplicação. Nunca tinha acontecido de passar mal durante a aplicação, mas dessa vez ocorreu, senti mt dor de cabeça e chamei o Juca, o Ismael, o Samuel, enfim.. chamei a galera toda rssss. Acabei ficando meio deprê, pois se tem uma coisa q eu detesto é vomitar... sempre choro ñ sei pq rsss, mas logo passou.
Ao chegar em casa meu tio Antônio (irmão de minha mãe) e minha prima tinham vindo nos visitar e foi motivo de mt alegria pois estávamos todos com saudades. Ficou conosco aquela noite, o dia seguinte e no outro foi embora. No sábado, um dia depois, minha tia (esposa do tio Antônio) nos liga e nos dá a triste noticia de q ele havia tido um infarto e acabara de falecer. Nossa, foi uma grande e irreparável perda para toda nossa família, pois o amávamos mt. Era a pessoa q eu mais amava depois de meus pais e meu irmão, então vcs podem imaginar o quanto foi dolorido. Minha mãe, q já perdeu os pais, ficou mt desesperada. No msm instante fomos p/ Humaitá, cidade onde ele morava e onde seria o velório. Foram dias mt mt tristes, pois foi mt difícil para nós vê-lo ali sem vida se no dia anterior estávamos todos conversando e rindo mt em nossa casa. Para completar a situação eu ainda estava sofrendo os efeitos da quimio q eu tinha tomado 2 dias antes. Aos poucos Deus tem confortado nossos corações e me orgulho ao perceber q todas as lembranças q tenho dele são alegres e q msm morando distante de nós sempre foi uma pessoa mt presente em nossas vidas, mas me entristeço ao pensar q ele nunca vai me ver médica, fato q era motivo de mt orgulho p/ ele e, principalmente, q nunca vai me ver curada dessa doença q tanto o abalou e q o tornou tão abatido em seus últimos dias. Sem dúvida, SAUDADES ETERNAS!!!
Qndo retornei a PVH, me senti mt mal com os efeitos da quimio e creio q o fato ocorrido Tb influenciou em meu mal-estar. Fui ao médico e constatamos q a minha contagem de leucócitos estava mt baixa (1.000 céls/mm³ quando a faixa normal se encontra entre 5.000 céls/mm³ a 10.000 céls/mm³) e eu sentia dores ósseas quase q insuportáveis. Tomei então uma injeção na barriga chamada Granulokine p/ regular a produção e liberação de neutrófilos na medula óssea. No dia seguinte já me sentia bem melhor.
Minha última aplicação da poderosa deveria ser hj, mas mais uma vez minha imunidade me deixou na mão e terei de esperar mais uma semana até q ela se restabeleça p/ tomar a “bendita”.
Por aqui fico, me reerguendo de mais um rasteira q a vida me passou, mas tenho certeza de q mais uma vez Deus vai me erguer pela minha mão direita.

Forte abraço a todos.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Macarronada em casa.


Recepção no aeroporto

































Em casa finalmente!!!

Hoje eu escrevo de minha casa em PVH. Nossa, como eu ansiava por este dia. Chegamos na quinta-feira e fomos surpreendidas por uma animada recepção. Além de meu pai, meu irmão e Maique, estavam nos aguardando meus amigos da faculdade com bexigas, faixas, vulvuzelas e mt algazarra. Fizeram mt barulho, eu me acabei em lágrimas por vê-los e, é claro, me senti uma celebridade. À noite vieram à minha casa e fizeram uma macarronada deliciosa, conversamos um monte e matamos um pouquinho da saudade. Obrigada galera por me receberem e me fazerem rir tanto.
Matei a saudade da minha casa, da minha cama, de usar roupas leves, de dirigir e fazer o por-do-sol em família. Coisas pequenas e até boas, mas q a gente sente falta. Meu pai ainda ñ tinha me visto sem cabelo, foi um pouco traumático p ele, mas já superou, afinal estou mais parecida com ele agora...rssss
Sábado fui à igreja, precisava agradecer a Deus por estar em casa novamente. Todos nos receberam com mt carinho, foi feito uma oração especial pelos anciãos em agradecimento por minha volta. Mts vieram nos cumprimentar dizendo q oram por nós e isso me emociona mt pq sei q sem essas orações ñ teríamos tido tanto êxito.
Domingo me senti um pouco mal, com dores no corpo, garganta e mt indisposição (os efeitos da quimio tardam, mas ñ falham), mas hj já me sinto bem melhor. Meu pai assumiu o almoço do domingo e assou um peixe na brasa, um dos meus pratos favoritos q ele tinha prometido fazer p mim assim q chegassem em casa. Estava td uma delícia e p completar a culinária regional, ainda tomei açaí com banana. O sul do país é lindo, mas tem coisas q só o Norte proporciona...rssss.
Hoje, segunda-feira, vou à faculdade resolver minha situação acadêmica e amanhã já tenho consulta com meu novo médico.
Durante esses dias em casa, eu e minha família ñ nos cansamos de agradecer a Deus por estar aqui. O tratamento ainda ñ acabou (faltam 2 quimios e a radioterapia), mas estar em casa torna as coisas mais fáceis.
Sábado, o pastor Pacheco e a profª. Etelvina nossos amigos queridos vieram nos visitar e fizeram uma linda mensagem. Disse q, tendo em vista td q passei, eu sou mui amada de Deus, pois o q aconteceu em minha vida foi um verdadeiro milagre. Tenho agora uma segunda chance!!!
Como estou sem internet em casa, postarei aqui no blog com um intervalo de tempo um pouco maior, mas não deixarei de postar.
Preciso expressar aqui nossa grande gratidão a minha tia e meu tio que nos abrigou em Curitiba por quase quatro meses com tanto carinho e a minha prima Neiva q foi sempre mt prestativa, deixando as vezes o trabalho de lado p nos acompanhar ao médico. Que Deus os abençoe ricamente e q recebam em dobro todo carinho q dispensaram a nós.
Beijos a todos e continuem orando, pois apesar do monstrinho ter morrido o tratamento continua e ainda retornarei a Curitiba para as seções de radioterapia.

terça-feira, 17 de agosto de 2010


Primas e Tia - Churrasco Dia dos Pais

Friiiioooo!!!


No último post eu falei q iria fazer as próximas 3 aplicações de quimioterapia em PVH, mas devido à uns probleminhas com meu convênio, terei de fazer mais 1 aplicação aqui antes de ir para casa. Esta aplicação farei amanhã de manhã, espero q ñ doa e nem dê efeitos colaterais.
Precisei fazer mais uma punção p tirar líquido do pulmão. Ô Trem p doer viu, mas o legal é q meu médico, Dr. E. (realizou minha cirurgia), é uma graça e passou o tempo todo contando piadas e falando de como foi a vida acadêmica dele e, pasmem meus colegas de curso, ele me convidou para entrar numa cirurgia com ele. Imagina q honra eu entrar numa cirurgia com um cara q é referência em cirurgia oncológica. Ai ai, qdo eu crescer quero ser igual ele. rssss
Mamãe quase teve um ataque de ansiedade no último fim de semana de vontade de ir para casa logo. Ainda bem q estes últimos dias estão passando rápido. Por falar nos últimos dias, tem feito tanto frio (chegou a 2ºC graus) e eu passo o dia todo na cama debaixo das cobertas assistindo filminho. O interesante é que todo mundo fala q tem 12 anos q ñ faz um frio tão rigoroso assim, vai ser pé frio lá em Rondônia hein!!!
No domingo, Dia dos Pais, foi um dia mt alegre para nós. A família inteira se reuniu, teve churrasco e até roda de viola. Tirei foto com a família toda, me senti a importante né. Para terminar o dia, recebi a agradável visita de queridos amigos, Luanna (amiga de infância q mora em Maringá), Israel (pai da Lú), Tiago e sua esposa q ainda ñ conhecia mas q já se tornou mt amiga (amigos q moram aqui na região metropolitana). Fomos ao culto da igreja central q foi mt lindo e depois fomos jantar. Enfim, nos divertimos mt e matamos a saudade. Obrigada queridos.
Meu pai disse q PVH está debaixo de mt fumaça, o q nos preocupou mt, mas nossa vontade de ir p casa é tão grande q se for preciso eu passo o dia inteiro dentro de casa, mas q eu vou.. eu vou!!! Por falar nisso, meu maior medo em ir casa é a minha vulnerabilidade às infecções. Qdo se faz quimioterapia, a imunidade cai bastante e é preciso ter mt cuidado, pois uma infecção a essa altura do campeonato só vem agravar as coisas. Por isso terei de ficar um pouco mais reclusa e evitar o contato com mts pessoas. Se Deus abençoou p eu ir p casa, vai me proteger lá Tb.
Resumindo td, estamos bem e me sinto melhor a cada dia. Ah!!! Meu cabelo já começou a dar sinais de vida, alguns fios já começaram a crescer e eu trato deles como mt carinho, logo estarei usando chapinha de novo...uhuuuu!!!!

Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.
Porque eu sou o Senhor, teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador;... Isaías 43:2 e 3

Beijos!!!